A França possúi alguns dos melhores vinhos do mundo. Dizem que os franceses estão para o vinho assim como os brasileiros estão para o futebol....
Vale ressaltar que os efeitos abaixo mencionados são verificados com um consumo MODERADO de vinho tinto. Uma ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, mesmo do vinho tinto, induz a inúmeros agravantes à saúde e não é indicada em hipótese alguma. Especialistas só garantem os benefícios do vinho à saúde quando ingerido como parte da alimentação, ou seja, uma taça às refeições. Neste caso, não tem erro.
Estudos vêm demonstrando que o vinho tinto reduz o risco de doenças cardíacas, protege contra disfunções neurológicas, aumenta a longevidade, possui poder anti-cancerígeno. O consumo moderado de etanol produz efeito cardioprotetor, principalmente pelo aumento nos níveis de HDL colesterol, fator de risco negativo para doenças cardiovasculares.
O vinho tinto, além de conter etanol, é rico em polifenóis ou compostos fenólicos, que estão presentes nas cascas e nas sementes das uvas vermelhas e comprovadamente possuem atividade antioxidante.
Creditam-se ao vinho os seguintes benefícios
Aumento do HDL (colesterol bom) e diminuição do LDL (colesterol ruim). O vinho tinto é rico em polifenóis (flavonóides e não-flavonóides) que agem nos índices de colesterol e contribuem para manter a saúde das artérias. Os polifenóis provêm das cascas e sementes da uva.
Ação Antioxidante: As uvas Merlot, Cabernet Sauvignon, Tannat e outras são dotadas de resveratrol, um poderoso polifenol que, além de retardar o envelhecimento das células pela ação dos radicais livres, protege os neurônios, tem ação anti inflamatória e combate tumores. O resveratrol é uma espécie de antibiótico que faz parte do sistema de proteção de algumas plantas. Em condições adversas, como umidade excessiva, a videira produz esse antioxidante.
Regulação da pressão arterial: isso se deve à presença de potássio no vinho e ao baixo teor de sódio. Além disso, o vinho contém outros elementos importantes ao organismo, como os sais minerais (cálcio, fósforo e zinco) e as vitaminas A, B e C.
O conjunto de propriedades do vinho tem ação antidepressiva, relaxante, diurética e preventiva contra várias doenças.
Entendendo o rótulo da garrafa de vinho:
A respeito das etiquetas e rótulos das garrafas de vinho existem menções obrigatórias e outras facultativas. Um rótulo muito carregado não é necessariamente sinônimo de vinho de qualidade, e vice-versa.
- O termo “appellation contrôlée”, com o nome do AOC.
- O teor de álcool deve ser declarado e expresso em percentagem;
- O nome ou razão social e endereço do engarrafador deve aparecer na parte inferior do rótulo. Eles marcam a expressão "Mise en bouteille par... (Engarrafado por...)";
- O país de origem é necessário para a exportação;
O volume de vinho na garrafa também deve estar presente.
Por último, o número de identificação do lote do qual o vinho deve ser indicado, mas não necessariamente no rótulo.
"Mis en bouteille dans la région de production", ou seja, “Envasado na região de produção”: são vinhos envasados fora da Appellation recendiquée. Trata-se de um produto standard - comum, sem uma real identidade. Raramente são encontrados bons vinhos que portam este menção.
" Mis en bouteille au château " ou « au domaine » ou « à la propriété », ou seja, “Engarrafado no castelo”, “no domínio”, “na propriedade”, indicando o nome do vinhedo: essas três menções são idênticas. Elas reforçam a identidade do vinho que a ser comprado. Estas informações são um engajamento de seriedade. Mas sempre lembrando que, nem sempre seriedade é sinônima de qualidade. Escolher dentre este tipo de garrafas é ainda assim uma boa escolha.
"Mis en bouteille par…", ou seja, “Engarrafado por”: o engarrafamento foi feito por um terceiro, seja a région ou o domaine. São em, alguns casos, garrafas de pequenos produtores que não possuem o investimento necessário para investir em uma linha de engarrafamento; vinhos mais caseiros.
"Degré alcoolique", o teor alcoólico:
O teor alcoólico está expresso em % (porcentagem) e não em graus. Traz uma precisão sobre a proporção de álcool contido no vinho e informa também a maturidade da uva.
Uma uva madura possui uma forte proporção de açúcar que se transforma em álcool durante a fermentação. Uma uva pouco madura possui um fraco potencial alcoólico. Portanto um grau fraco é normalmente sinônimo de má qualidade.
Para um vinho tinto, evitar os vinhos inferiores a 12%.
Para os vinhos brancos secos é a mesma escolha.
Para um vinho mais suave ou licoroso é preferível escolher um vinho acima de 13,5%.
Um vinho rose deve igualmente se situar próximo de 12%.
“Millésime”, o ano da safra:
Se inscrito na garrafa, o “millésime” indica o ano da vendange/safra. Isso também significa que o vinho contido na garrafa provém de uvas colhidas somente neste ano.
Há casos em que a garrafa não possui indicação do millésime. Isto significa que vinhos de uvas de diferentes safras foram misturados com a finalidade melhorar a qualidade de safras piores com melhores, o que geralmente não tem como resultar vinhos de ótima qualidade.
O “millésime” indica o início do período da estocagem e envelhecimento. Se um vinho possui um potencial de envelhecimento de 10 anos, isso significa que ele se beneficiará se for mantido em boas condições, durante dez anos após a colheita.
“Appellation”: Na França existem 3 grandes tipos de vinhos de qualidade. As Denominações de Origem Controladas (AOC - Appellations d'Origine Contrôlées), os Vinhos Demarcados de Qualidade Superior (VDQS - Vins Délimités de Qualité Supérieure) e os Vinhos da Região (VDP - Vins de Pays). É nesta ordem decrescente que se estabelece geralmente sua hierarquia.
Um vin AOC está sujeito aos costumes da cultura de seu appelation. É preciso obter a aprovação e atender alguns controles. É representativo do tipo de vinho e das designações e técnicas da appelation.
Um vin VDQS está sujeito aos mesmos tipos de controles e regras que um AOC, mas com menos restrições. O VDQS, como o AOC garanti a precisa procedência geográfica do vinho. Os VDQS são geralmente vinhos à altura dos AOC.
Um vin Du Pays é um vinho que é garantido, mais amplamente, a proveniência. Ele não está sujeito às regras habituais. Um viticultor que pretenda cultivar uma variedade de uva que não é permitido no AOC pode vender vinho como Vin de Pays.
O nome Du château (do castelo), Du domaine (do domínio), De La propriété ou Du clos (da propriedade ou da vinícola delimitada por muros):
Não há nenhuma hierarquia expressa nesses termos utilizados. O nome «château» é uma marca e não significa necessariamente que exista um “castelo” de verdade por lá para aplicá-lo em seu rótulo. Atualmente, somente a palavra «clos» é reservada às propriedades vinícolas delimitadas por muros de pedra.
“Cépage”, o nome ou tipo de uva:
Esta menção não é obrigatória na França, mas pode figurar no verso do rótulo a título indicativo. No entanto, se a garrafa leva no rótulo o nome da uva, isso quer dizer que o vinho foi produzido com 100% da uva mencionada.
Um mesmo cépage pode ter expressões aromáticas diferentes, dependendo da região aromática onde é cultivado. É preciso ter ficar atento. Sempre olhar para a origem geográfica na compra de um vinho de cépage e conhecer o tipo que se apresenta. Mas nada o impede, em seguida, de degustar vinhos de um mesmo cépage, mas de diferentes regiões para ver a influência dos terroirs.
Dicas para guardar os vinhos
O melhor lugar é aonde não existe mudança abrupta na temperatura, nem umidade excessiva ou movimentos repentinos.
A Posição das Garrafas
A melhor posição para uma garrafa é a horizontal, pois desta forma, a rolha estará sempre em contato com o vinho, evitando o ressecamento, que poderia causar uma entrada excessiva de ar na garrafa oxidando o vinho rapidamente.
Temperatura
O mais importante é manter a temperatura sempre constante, pois qualquer alteração na temperatura causa a expansão ou contração do líquido, podendo fazer com que a rolha se mova e o vinho seja perdido. A temperatura ideal é entre 16ºC e 17ºC.
Se o ambiente for muito seco, poderá causar o ressecamento da rolha deixando o vinho vazar e se a umidade for muito alta poderá propiciar o surgimento de bolor na rolha, estragando o vinho. A umidade ideal é de cerca de 70%.
Se o ambiente for muito seco, poderá causar o ressecamento da rolha deixando o vinho vazar e se a umidade for muito alta poderá propiciar o surgimento de bolor na rolha, estragando o vinho. A umidade ideal é de cerca de 70%.
Iluminação
Os vinhos preferem ambientes escuros. A exposição solar faz com que os tintos percam asua intensidade de cor, e que os brancos adquiram um amarelado e tons dourados. Escolha armários bem fechados ou espaços sem janelas.
Fabricação
O processo de produção de um vinho consiste basicamente em fazer a colheita da uva, espremer, prensar e fermentar.
A fermentação é a etapa do processo que transforma o açúcar do suco da uva em álcool, geralmente feito em tinas de aço inoxidável ou em barris de carvalho com uma duração de 10 à 30 dias. Vinhos de qualidade inferior são aqueles que são engarrafados imediatamente.
O grande segredo é identificar o momento mais adequado para a colheita da uva em função de seu estágio de amadurecimento, controlar a cor e equilibrar o açúcar, os taninos e a acidez, elementos que determinam a característica de um vinho.
Os elementos mais típicos de sabor que são intencionalmente introduzidos nos vinhos são aqueles presentes nos barris de carvalho: chocolate, baunilha, café, além de mato ou couro. Outras variedades de minerais também são absorvidas pelo vinho.
As principais regiões produtoras (com suas AOCs - "appellations d´origine controlée") e uvas são:
1. Bordeaux
Uvas: Sémillon Blanc, Sauvignon Blanc, Muscadelle, Muscat, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Tannat e Petit Verdot.
Principais AOCs: Médoc, Alto-Médoc, Saint-Estèphe, Pauillac, Saint-Julien, Margaux, Pessac-Léogman, Graves, Barsac, Sauternes, Fronsac, Cânon-Fronsac, Pomerol e Saint-Émilion.
2. Bourgogne
Uvas: Chardonnay, Pinot Noir e Gamay.
Principais AOCs: Chablis, Yonne, Cote de Nuits, Cote de Beaune, Chalonnaise, Mâconnais e Beaujolais.
3. Champagne
É a mais setentrional das regiões vinícolas francesas e está situada a noroeste de Paris. É a mais famosa das regiões vinícolas por seus vinhos espumantes sempre associados às comemorações, às relações amorosas, e, sobretudo, ao prazer.
Principais uvas: Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay.
Principais AOCs: Montagne de Reims, Vallée de la Marne, Cote de Blancs, Cote de Sezanne e Aube.
Principais AOCs: Nantais, Muscadet, Anjou, Savennières, Saumur, Bourgueil, Chinon, Touraine, Vouvray, Cheverny Reuilly, Salon, Sancerre e Pouilly-Fumé.
4. Alsácia
Uvas: Riesling, Pinot Blanc, Gewürztraminer, Sylvaner, Pinot Gris e Moscatel.
Principais AOCs: Bergheim, Kanzlerberg, Osterberg, Geisberg, Rosacker, Froehn, Schoenenbourg, Sporen, Sonnenglanz, Hengst e Goldert.
5. Rhône
Uvas: Viognier, Marsanne, Roussanne, Grenache Blanc, Syrah, Grenache, Cinsault, Carignan e Mouvédre.
Principais AOCs: Côte-Rôtie, Condrieu, Chatêau-Grillet, Saint-Joseph, Hermitage, Cornas, Crozes-Hermitage, Cotes du Rhône, Lirac, Tavel, Châteauneuf do Pape, Vacqueyras, Gigondas, Coteaux du Tricastin, Côtes du Ventoux e Côtes du Lubéron.
6. Loire
Uvas: Cabernet Franc (Breton), Cabernet Sauvignon, Gamay, Grolleau, Malbec (Côt), Pineau d"Aunis, Pinot Noir, Pinot Meunier, Pinot Gris, Chardonnay, Chenin Blanc (Pinot de la Loire), Muscadet (Melon) e Sauvignon Blanc.
7. Languedoc e Roussilon
Uvas: Grenache Blanc, Mauzac, Clairette, Moscatel, Chardonnay, Carignan, Grenache, Cinsault, Syrah, Merlot e Cabernet Sauvignon.
Principais AOCs: Mireval, Frontignan, Faugères, Musacat, Minervois, Blanquette de Limoux, Crémant, Corbières, Fitou e Banyuls.
8. Provence
Uvas: Ugni Blanc, Clairette, Sémillon, Grenache Blanc, Sauvignon Blanc, Grenache, Cinsault, Carignan Mourvèdre, Syrah e Cabernet Sauvignon.
Principais AOCs: Coteaux d'Aix em Provence, Palette, Cotes de Provence, Cassis, Bandol e Coteaux Varois.
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site maravilhoso parabéns. Meu nome é Valesca
ResponderExcluirvalesca_lacerda@hotmail.com
Obrigada Valesca!
ResponderExcluirVolte sempre.
Bjs
Anna